Suaves nuvens
Se encontram no vento
Na flâmula de corpos
Que me convidam com olhos gentis
Então, nos espalhamos
Por nossa ávida superfície
Vertidos num céu reluzente de volúpia
Que nos espera
Agora, sou o vapor das expirações
Atento as línguas que circulam
Que circundam flores carnais
Sou o estalar molhado de nossas bôcas
Que exalam o buquê devasso
De nossos instintos
Sou o frêmir de nossas almas
Que contorce os corpos
De nossa frenética luxúria
Entregue aos olhares da moça
Que você devora as pétalas por entre as virilhas
Me afundo em você
Entregue as doçuras de teu viço
Estaremos na loucura de nossa seita
No alvoroço de nossos gêmidos
Até que não nos ouçamos mais.
Penteadeira 2 - aquarela, 32 x 44 cm
terça-feira, 29 de maio de 2007
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